Titanic, uma reflexão por Julian SA

 Titanic

uma reflexão por Julian SA

    “Mile quinhentas pessoas caíram no mar, quando o Titanic afundou em baixo de nós. Haviam 20 barcos por perto e somente um voltou... um... Seis pessoas foram salvas incluindo, eu... seis de 1500. Depois disso, as 700 pessoas nos botes tiveram que apenas esperar... esperar para morrer... para viver... esperar por um perdão que nunca viria”.
    Após reassistir o filme foi isso que mais mostrou-se importante para o ensinamento que a trama nos tenta apresentar.
    O romance é doce como é o amor, doce e puro. Independentemente das controversas que nós humanos carregamos conosco, que nos faz sermos seres não tão bons, não tão maus, o amor é a demonstração de importância mais bela que podemos oferecer.
    Não há riqueza material que compre o amor e, nisso, o filme nos deixa claro. Bens materiais são apenas espólios terrenos sem grande importância e, histórias inteligentes como essa nos demonstra como exemplo, na prática. Pessoas de coração que resplandece compaixão muito bem sabe disso. Pessoas com tal caráter consegue ver a superficialidade do plano terreno. Dinheiro, tesouros guardados, aparências, disso há pouca importância. Podemos ter tudo o que nossas mãos podem tocar, mas tocar com as mãos não é o mesmo que tocar com o coração. O antagonista do filme possuía tudo, contudo, não possuía o amor de quem amava. Por fim, esse mesmo, que dizia sempre ganhar, perdeu; seu dinheiro não comprou o amor. Ele perdeu a amada para o homem que pouco tinha a oferecer através do tato, pois esse ganhara o amor através do seu toque do coração. A amada o amou pois sabia apreciar tal gesto.
    Infelizmente grande massa da humanidade sente apenas com o toque dos dedos; escravos da própria mente que busca felicidade em ter aquilo que não necessariamente precisam. A vida nos mostra que o mais simples pode ser feliz e, que, o mais rico, tendo o poder para ter tudo, pode ser o mais triste.
    Bem dito aquele que toca com o coração, pois esse não ama somente a si mesmo!
    Temos com o Titanic um belo romance, um romance como a palavra é mais conhecida, digno dos grandes romancistas da época do romantismo pela qual venho me apaixonando cada dia mais. Venho escrevendo um romance realista e, nele, uma de minhas personagens se martiriza pelo fato de a vida ser apenas um reflexo maculado do romantismo que sempre sonhara viver... a vida é amarga como a literatura realista e poucos realmente amam verdadeiramente... o amor ainda nos é rudimentar. Nosso amor é fragmentado, longe do ideal que sonhamos e, que, alguns fingem buscar mas poucos o alcançam. Como escrevi anteriormente: somos não tão bons e não tão maus... alguns mais, outros menos.
    Iniciei essa reflexão com uma das falas de Rose, uma das personagens principais, tal fala que retrata a ganância e o egoísmo humano. A ganância e o egoísmo são mazelas que andam lado a lado e, que, desde o início da história, os acontecimentos giravam em torno de tais falhas mundanas, eram senão o arco secundário que o filme nos mostrava nas entrelinhas. Não haviam nos filmes as pessoas inferiores e os superiores? No filme, apesar das boas intenções dos funcionários em salvar as mulheres e crianças, não eram prevalecidas os de mais posses? Os grandes empresários e o próprio capitão do navio não aceitaram que deveriam largar a própria prudência para receber a fama? Que fim resultou? Por volta de 1500 pessoas morreram, todas com suas doses de bondade e doses da maldade, porém, inocentes ao modo aceitável.
    Todas mortas por negligência gananciosa e egoístas daqueles apreciadores de espólios terrenos. Não foram esses poucos Homens poderosos os que mais sobreviveram? Não foram esses poucos que assistiram a morte de pessoas inocentes? Alguns, pouco ligaram. Não eram esses senão tais ignorantes que infelizmente pendiam mais para o mau. Outros sentiram muito, mas logo tocaram a vida como sendo mais uma vítima qualquer. Contudo, como dizia o parágrafo inicial, alguns esperaram pelo perdão que sentiam nunca vir, pois nem todo mundo pende mais para o mau. A dor os atingiu e os mudou, nem que seja em um décimo.
    O Titanic merece os 11 oscars e os 4 globos de ouro que recebeu. O filme nos conta uma história emocionante e cheio de significado, significados esses que refletem a nós, humanos, uns mais e outros menos. Meu sonho é que obras como essas, aos poucos, nos levem para o amor que idealizamos em tais obras. Creio que a humanidade ao caminhar 100 passos, 98 é para trás, dando a impressão que apesar de evoluídos, não somos tão diferentes dos bárbaros, parecendo não termos saído do lugar. Contudo, os 2 passos positivos, nos está levando para o progresso e abnegação.

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